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20 abr 2024 04:19


Buriti e o caminhão de melancias

Por Ricardo Callado

Caiu a ficha no Palácio do Buriti. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) pretende dar uma guinada administrativa nesse segundo semestre.

Para isso, vai continuar com a dança das cadeiras. Não é nada oficial, mas assessores e aliados garantem que será feita uma reforma no secretariado e nas administrações regionais.

As mexidas devem atingir ainda empresas públicas e o segundo escalão do governo.

Já passava da hora de Rollemberg dar um sacode no governo. Os primeiros meses foram marcados pela ineficiência em muitos setores do GDF.

Onde a coisa funcionou e produziu bons resultados, a população não ficou sabendo do que foi feito.

A agenda negativa pautou as reuniões do Buriti. Muitas notas oficiais para explicar crises. Textos frios e sem emoção.

Ninguém do governo teve coragem de botar a cara para defender o governador. Foi um tal de esconde-esconde.

Se os integrantes do primeiro escalão do governo foram medrosos para defender Rollemberg no primeiro semestre, no início do segundo devem ter medo de perder seus empregos.

O governador vai precisar de assessores com mais comprometimento e competência.

No primeiro semestre, o caminhão de melancias o qual se tornou o Buriti teve algumas baixas, mais ainda é preciso fazer mudanças.

Caminhão de melancias funciona assim: como a carga é difícil de organizar, durante o trajeto uma ou outra melancia cai da carroceria e fica pelo caminho, até que em determinado trecho as frutas conseguem se acomodar de uma forma que o caminhão chegue, a duras penas, até o fim. O freio de arrumação promete mudanças profundas.

Rollemberg precisa ampliar o seu grupo de aconselhamento, antes restrito a pouquíssimas pessoas. Muitas delas querendo inventar a roda. É um fator positivo.

Essa abertura permite que o governador tenha uma visão melhor do que acontece em sua administração, além de uma análise mais nítida do cenário político.

A mudança no primeiro e segundo escalões deve tirar o governo da cegueira em que se encontra e, quem sabe, aproximá-lo e fazê-lo se comunicar com a sociedade.

Fonte: Blog do Ricardo Callado

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