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20 abr 2024 12:08


Cadê a polícia que devia estar aqui? Rollemberg não deu, pau no gato

Por Felipe Meirelles

Dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura bolo, cata piolho. Cadê as nomeações que estavam prometidas aqui? O gato não deu. Pau no gato.

É assim, uma simples brincadeira de criança, com a adaptação de uma frase do jornalista Mino Pedrosa, que a Polícia Civil de Brasília está levando a sério para atacar o governo Rodrigo Rollemberg.

A reação mais forte vem de mais de quinhentos policiais concursados, treinados, mas não nomeados. O grupo acusa o ex-governador Agnelo Queiroz de ter mentido. E teme que Rollemberg se transforme em um facilitador de promessas apenas para vencer eleição.

Há um ano foi dito que todos seriam incorporados à instituição policial. Mas o bolo, mofado, foi cortado em fatias intragáveis.

Jogou-se fora um direito, um sonho, uma esperança. E sepultou-se um pacto que garantiria vida, mas que mata a cada dia a proposta de segurança que o povo tanto alimentou.

Os policiais civis têm do que se queixar. Cobram direitos e prometem, no caso de não serem atendidos, apresentar uma fatura amarga a Rodrigo Rollemberg em 2018.

O clima é de insatisfação, como mostra o desabafo dos ‘Policiais sem Distintivo’, representados pelos formados não nomeados, conforme texto a seguir:

Quando completamos anos de vida sempre é motivo de alegria, de festa e de comemoração. Porém, existem algumas passagens de ano que não são motivos de festa, de bolo, de convidados e de parabéns.

Há exatamente um ano, 17/06/2014 era realizada no Centro Comunitário da Universidade de Brasília (UnB), a cerimônia de encerramento do Curso de Formação de Agentes e Escrivães da Polícia Civil do DF.

Nesta data, uma data festiva, muitos de nós comemoramos mais uma etapa em nossas vidas, uma possibilidade real de termos o nosso sonho realizado, o de ser Policiais Civis do Distrito Federal.

Para muitos foram meses, anos de estudo e de dedicação, abrindo mão do convívio familiar, realizando pesados investimentos financeiros, deixando de participar da vida de seus familiares, abdicando da vida social para estudar e finalmente receber o reconhecimento por todo o esforço realizado.

Eram mais de 29 mil inscritos no início do certame para 1.200 vagas ofertadas pelo poder público. Foram ao todo 7 fases de concurso, ao final restaram apenas 1.200 aprovados.

Eram 1.200 sonhos, 1.200 vidas cheias de esperança, 1.200 pessoas aptas a ser policiais, a serem nomeadas e ajudar no combate à criminalidade.

Hoje, 17/06/2015, passados 1 ano desta data, 590 aprovados aguardam o retorno do poder público para tocarem as suas vidas.

Muitos estão desempregados pois foram obrigados a largar seus empregos para se dedicarem em tempo integral ao curso de formação, com aulas manhã, tarde e noite, em locais diferentes, fato este que incompatibilizava qualquer trabalho.

O que mais nos espanta é que a população do DF está sofrendo diariamente com o aumento da criminalidade.

Os índices crescentes de criminalidade demonstram que a nomeação dos aprovados seria uma alento para a valorosa e atualmente sucateada Polícia Civil do Distrito Federal.

Nós os aprovados já recolhemos todos os tipos de dados necessários para que o governo nos nomeasse.

O Sinpol, os Senadores do DF, os Deputados Federais do DF, os Deputados Distritais, o Diretor Geral da PCDF, a Imprensa escrita e televisiva, TCDF, MP de contas do DF, todos estão ao nosso lado nesta luta. Todos são unânimes em afirmar que a nomeação dos aprovados é condição sine qua non para que o projeto do Governo do DF, o chamado Pacto Pela Vida dê certo.

A intransigência do governo do DF que não aceita dialogar, que não demonstra a menor compaixão com o povo do Distrito Federal diminui diariamente a chama que foi acessa em nossos corações, quer seja das horas de estudo e dedicação, quer seja da lembrança do curso de formação, e da emoção que sentíamos quando cantávamos o Hino do Policial Civil do DF.

“Tenho orgulho de ser Policial, enobrece-me a alta missão, de lutar contra o crime e o mal, e do bem ser mais uma expressão”, com este trecho do hino do Policial Civil do DF, encerramos esta postagem, numa data que é com toda a certeza de muita comemoração para os colegas que já tomaram a tão sonhada posse, mas que não deixa de ser um dia triste e de muita luta para aqueles que como nós ainda aguardam o dia em que terão seu nome divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal.

Fonte: Notibras

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