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19 abr 2024 04:07


Servidores da Saúde do GDF fazem paralisação, amanhã, contra redução de salários

Ação Direta de Inconstitucionalidade ingressada pelo Ministério Público do DF pode cancelar reajustes concedidos na gestão Agnelo bem como a reestruturação de carreira dos servidores do GDF.

Os servidores da Saúde do Distrito Federal farão uma grande paralisação na próxima quarta-feira (11/Mar) em frente ao Palácio do Buriti. A ação acontece em repúdio à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) a ser julgada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a ADIN pede o cancelamento do reajuste concedido entre 2013 e 2014, à 33 categorias de servidores do GDF, pelo ex-governador, Agnelo Queiroz (PT).

pdOrganizadores

O ato é organizado pelo Movimento Sindical em Defesa do Serviço Público do DF criado em 25 de Fevereiro por representantes dos Sindicatos dos Médicos do DF (SindMédico), Odontologistas (SODF), Enfermeiros (SEDF), Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF), Servidores Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta) e dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde-DF), servidores da Cultura (SindascGDF), da Carreira de Auditoria Tributária (Sinafite), da carreira de controle interno do DF (Sindifico) e da Vigilância Ambiental e Agentes Comunitários de Saúde (Sindivacs), com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF).

O que dizem os Sindicalistas

O presidente do SindMédico, Gutemberg Fialho, alerta para boatos sobre a ADIN, no site da entidade: “O boato de que a ADI foi negada e por isso o perigo está afastado é inverídico. Não houve nenhuma decisão. O desembargador Humberto Ulhôa pediu explicações ao governo do Distrito Federal e à Câmara Legislativa. Depois disso é que a questão será analisada e julgada pelo conjunto dos desembargadores.”.

Fialho adverte ainda aos perigos do impacto caso a sentença seja favorável ao MPDFT: “Tem muita gente que ainda não caiu em si sobre a gravidade do momento”, destaca o presidente do SindMédico ao chamar a responsabilidade para todos os servidores do DF: “As lideranças sindicais estão cumprindo com seus papéis, mas cada um de nós tem que tomar atitude agora ou o governo vai fazer o que bem entender com nossos salários e com nossos empregos”, adverte.

O vice-presidente do Sindate, Jorge Vianna, reafirma a união das entidades sindicais: “Vamos paralisar para garantir os direitos dos servidores da Saúde do DF. Esse governo, infelizmente, está trilhando um caminho que causa incertezas não só à população do DF, mas também para os servidores públicos do DF.”, afirma Vianna.

Porque o pedido de inconstitucionalidade?

Como argumento o MPDFT justificou que os reajustes concedidos na gestão de Agnelo feriram a Lei Orgânica do DF, por estarem em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e ainda porque o GDF previu apenas 15% do montante necessário para arcar com as parcelas dos reajustes, na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015. Isso deve impactar na gestão do governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), uma vez que recebeu o DF com um rombo de R$ 3,5 bilhões.

A ADIN deverá ser julgada no TJDFT nos próximos 60 dias e se a sentença for favorável ao pedido do MPDFT, cancelará os reajustes concedidos e pode comprometer a reestruturação da carreira desses servidores, retornando aos patamares de 2012.

Categorias atingidas com a ADIN

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