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19 abr 2024 07:09


Agnelo e a síndrome do Fuleco

Uma crônica anunciada

Desde que houve a escolha do nome do mascote da Copa do Mundo de 2014, ninguém podia imaginar, que poucos anos depois o governador do DF, Agnelo Queiroz, seria contagiado por uma perigosa síndrome. A síndrome do Fuleco.
Aquele bichinho homenageado por só existir aqui nas terras tupiniquins, isso mesmo, o tatu bola vive somente aqui nas terras brasileiras. E podem não acreditar, mas talvez, Agnelo talvez não seja o único a ter contraído a síndrome, mas espero que seja o último com esse diagnóstico a viver aqui no Distrito Federal.
 Vale lembrar que a origem do nome do tatuzinho fuleco advém da mistura das palavras, futebol e ecologia, embora a síndrome tenha causado mutações consideráveis, o que acabou se convertendo em fuleragem e eco (de repugnância mesmo). E a síndrome não é muito difícil diagnosticar e se concentra basicamente nas escavações que são constantes, profundas e inconsequentes.
Primeiro Agnelo, já portador da síndrome do Fuleco, escavou recursos das contas públicas a ponto de demolir o estádio Mané Garrincha e escavar o nome Estádio Nacional de Brasília, que a população torceu o bico e o governador reescavou a grosseria acultural  e impopular, o transformou em Estádio Nacional Mané Garrincha. Óbvio que essa escavação toda não saiu de graça, pois o melhor da escavação foi passar as unhas em cerca de R$ 2 bilhões que poderiam ser investido em outras escavações no DF. Nessa escavação toda o Tribunal de Contas da União (TCU), tenta descobrir para que túnel pode ter escoado cerca de R$ 400 milhões.
Em seguida Agnelo fez outra grande escavação de mobilidade, do Veículo Leve sobre Pneus. Segundo Agnelo essa escavação criaria articulações que interligariam a cidade, reduzindo o tempo de deslocamento entre a Região Administrativa do Gama e de Santa Maria em até 40 minutos para chegar a Brasília. Mas os que precisaram entrar nesse buraco se perderam e reclamaram, pois passaram a gastar duas, três horas dentro das escavações sobre pneus.
Mas as escavações não ficaram por aí. Quando Agnelo perdeu as eleições foi que a brincadeira começou. Isso porque boas partes dos terrenos escavados não tinham consistência e cederam sobre as empresas que ajudavam dando sustentação às escavações de Agnelo. Consequência? Uma festa de escavações. Foram escavados refeições de servidores, pacientes e acompanhantes nas unidades de saúde; remédios, insumos hospitalares, a limpeza da cidade, combustível de viaturas da saúde e da segurança pública, a vigilância de hospitais. Os ônibus afundaram em rodovias, rodoviárias e até nas garagens. E o pior foi o TCU anunciar que as escavações eram tão profundas que precisaria de quase R$ 3 bilhões para cobrir o buraco.
Ai, imagine você, Agnelo escavou os deputados distritais que escavaram para ele o FEDAT,  um tal de Fundo da Especial da Dívida Ativa. Um fundo novo para escavar recursos do governador  recém-eleito, Rodrigo Rollemberg.  Mas olha teve uma deputada que bateu o pé e resolveu segurar a síndrome de Fuleco nem que fosse com camisa de força. Uma tal de Celina Leão foi bater no Ministério Público do DF, uma casa que vive lidando com pessoas das mais diversas síndromes. E não é que deu certo. Agnelo que adora escavar um fundo, parece que não vai conseguir escavar esse não. Vai ver que tatu tem medo de Leão.
Mas olha, a a coisa ficou feia mesmo quando os servidores públicos perceberam que a escavação foi tão funda, mas tão funda que até o Fundo Constitucional do DF, que trouxe em 2014 R$ 11 bilhões, para custear a folha de pagamento dos funcionários também foram escavadas. Isso deu um rolo tão grande, mas tão grande que Agnelo virou bola e foi escavar outro buraco, dessa vez na Terracap, para tentar cobrir o rombo na vida dos colaboradores do GDF.
Mas acho que ele vai levar uma injeção de uma enfermeira durona chamada Dilma Rousseff, pois andou escavando parte dos fundos dela na Terracap.  Mas essa Dilma aí, é outra história. Ela escava buracos mais profundos, de preferência onde tenha muito petróleo. Já escavou até no pré-sal.
Mas falando em rolo, quem não tinha nada com isso e está titubeando entre os buracos de Agnelo é o novo governador do DF, tadinho. Rollemberg teve que compor uma equipe para passar um rolo compressor, na verdade escavadeiras mesmo, para circular por todas as cavidades dos túneis transitados por Agnelo. E o que esses batalhadores, ou malucos mesmo, descobriram…  Que pode chegar a R$ 4 bilhões a herança do custo das escavações de Agnelo.
A coisa está tão feia, mas tão feia, que Rollemberg parece está confuso de ganhou para governador da Capital da República Federativa do Brasil ou do pantanal mato-grossense.  Porque O DF está pior que pântano. A cada passo ele não sabe se o buraco dá na cintura ou se cobre a cabeça.
Mas olha tem algo que não foi atingido pela síndrome de Fuleco de Agnelo, O mato. Sim é sério. Esse permanece bem alto, o que ainda não se sabe é se é porque Agnelo não conseguiu escavar ou se é para disfarçar outros buracos deixados em meio a tantas escavações.

Antes que seja tarde, me esqueci de um detalhe importante. A bendita da síndrome de Fuleco, embora não se transmita da noite para o dia, é contagiosa, quando se convive a longo prazo com o portador da doença. Tanto que espera-se que se unam em 2015, o Ministério Público do DF, o Tribunal de Contas do DF e o próprio governador Rollemberg para fazer uma profunda auditoria no governo Agnelo, pois pelo que se sabe, outros colegas de Agnelo foram contaminados com a Síndrome. Felippelli, Rafael Barbosa, Wilmar Lacerda e outros membros do governo, podem estar com a saúde comprometida. A nossa sorte é que devem sair para um retiro pelos próximos quatro anos. Esperamos que o vírus da síndrome de Fuleco não resista tanto tempo nos organismos dessas pessoas, para que não voltem a escavar mais no DF.

 

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