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24 abr 2024 14:58


Em ringue eletivo dedo de eleitor pode derrotar lutador

Se as eleições de 2014 fossem disputas de ringues, não seria exagero compará-las com campeonatos de MMA em luta de pesos pesados.

Na disputa presidencial Marina Silva (Rede/PSB) foi nocauteada com golpes de direita e de esquerda sem o menor pudor. De um lado a lógica da propaganda eleitoral que armou Dilma Rousseff (PT) com 11 minutos e Aécio (PSDB) com quase cinco para juntos desferirem golpes contra Marina.  Do outro, a formação ou manipulação da opinião pública, regadas por desconstruções, sobretudo após a alteração do plano de governo do PSB, atribuído a intervenções de um certo pastor.
Marina alega que os golpes foram regrados de mentiras. E pelo jeito a acertaram acima da linha da cintura. Resultado: a candidata do PSB foi à lona após resistir bravante as cacetadas da polarização.
Já no segundo turno, a disputa entre Aécio e Dilma não é diferente. Mas dessa vez, em uma pancadaria mais equilibrada. Aécio sobe ao ringue com as vantagens da torcida organizada de vários partidos apostando em sua vitória; e dos depoimentos dos delatores da Petrobrás cuspindo participações ilícitas do PT na lona, no cantinho reservado à Dilma, o que gerado alguns escorregões.
Mas chama a atenção dois casos fora do circuito do campeonato nacional em que os lutadores aparentemente têm escolhido estratégias aparentemente equivocadas. No estadual do Rio de Janeiro, o candidato a governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), abriu a retaguarda após tentar nocautear o adversário, senador Marcelo Crivella (PRB), ao associá-lo à Igreja Universal do Reino de Deus e ao Bispo Edir Macedo. Considerando que o estado conta com uma população estimada em 40% de evangélicos, isso tem lhe rendido muitas reclamações dos eleitores e torcedores ao juiz. Muitos que já haviam declarado voto, quer dizer, feito as apostas em Pezão recuaram, o que pode render a perda significante de pontos.
Já no campeonato do Distrito Federal a torcida começa a valhar o lutador, candidato a governador, Jofran Frejat (PR) que tenta nocautear Rodrigo Rollemberg (PSB).

Frejat substituiu o ex-candidato, José Roberto Arruda (PR), após levar cartão vermelho dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) e em seguida do Tribunal Superior de Justiça (STJ), após ser condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), por ter jogado sujo com a população do Distrito Federal, o que lhe sujou a ficha.
Jofran tinha considerável vantagem no primeiro round pelas pontuações acumuladas por Arruda antes de substitui-lo. Mas no segundo, pulou no ringue mirando na cabeça e aparentemente tem acertado os próprios pés.
Isso porque os golpes desfechados por Frejat tem se limitado quase que tão somente a desqualificar Rollemberg e reafirmar a experiência. Sem mostrar os golpes novos, como as transmissões das lutas pela mídia e pelas redes sociais acontecem em tempo real, o que se vê são os apostadores preconizando Frejat beijando a lona, caso não consiga imobilizar seu adversário.
Com pouco mais de uma semana das eleições, os candidatos à eleição ou reeleição em segundo turno lutam bravamente pelo medalhão de ouro que garantirá reino absoluto pelos próximos quatro anos. Resta saber quem resistirá no ringue até o fim da luta. Façam suas apostas!

 

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