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23 abr 2024 14:55


“O DF vive a sua pior tragédia com Rollemberg no poder”, afirma Miguel Lucena

O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal e jornalista Miguel Lucena, pré-candidato a deputado federal, não economizou críticas ao governo Rollemberg durante uma sabatina no “Senadinho”, no Jardim Botânico. Ele disse que o crime  cresce,  que o DF vive a sua maior tragédia  social e que o único cidadão protegido é o próprio governador por ter a sua disposição cerca de 400 seguranças ligados a Casa Militar

Por Toni Duarte

O poeta e jornalista paraibano Miguel Lucena, 51 anos, e 18 anos como delegado da Policia Civil do Distrito Federal conhece de cátedra todo tipo de bandidos: o que assalta e mata a população desprotegida do DF , o que rouba o dinheiro público ou o que usa a máquina do governo em benefício próprio.

“Não há nenhuma diferença entre eles. Todos são criminosos da mais alta periculosidade e merecem cadeia, pois suas vítimas  são  as pessoas de bem”, definiu o delegado Miguel Lucena.

Ele disse que a desonesta gestão do governo Rollemberg está sendo mais cruel e devastadora do que o violento furacão Irma que varrei as ilhas caribenhas e parte da Florida, nos Estados Unidos, bem como os dois terremotos que sacudiram o México. No caminho do Irma 82 pessoas morreram enquanto 230 foram encontradas sem vida debaixo dos escombros provocados pelos abalos sísmicos.

“Se formos fazer um levantamento destes últimos três anos, o governo apocalíptico de Rollemberg conseguiu matar mais gente nas filas dos hospitais, bem como pelas mãos da bandidagem, que mata para roubar, do que todos os eventos naturais ocorridos no mundo no mesmo período do governo socialista”, comparou Lucena.

As estatísticas crescentes da criminalidade no DF são apontadas por Lucena como fruto de uma política de segurança pública equivocada comandada por um secretário de Segurança importado do Rio de Janeiro, que, segundo ele, chefiou uma polícia que só consegue descobrir 3% dos crimes.

Ele ressaltou que a PCDF é eficiente por conseguir elucidar 62% dos casos, porém se encontra em total processo de desmonte com 20 das 31 delegacias fechadas e apontou que a Policia Militar também está com seu efetivo reduzido sem contar com o desvio de função.

“Só quem conta com uma boa segurança no DF é o governador. Para onde vai tem a sua disposição 400 homens para fazer a sua segurança e de sua família”, disse.

Para ele, a Casa Militar, com 272 cargos comissionados, só serve para emparedar  o Comando Geral da PMDF e atrapalhar as políticas públicas de segurança.

O delegado afirmou que o governo Rollemberg não tem uma política de segurança  definida e capaz de combate a delinquência  e que as categorias estão desmotivadas.

Ele aponta que os recursos do Estado tem sidos empregados em políticas travestidas de direitos humanos que favorecem apenas os criminosos, e nunca as  suas vítimas  que ficam sem o amparo do Estado.

Miguel Lucena disse ser contra as visitas íntimas adotadas pelo governo Rollemberg porque está transformando as mulheres de presos em escravas sexuais dos chefões do crime que mandam nos presídios de Brasília.

“Elas são usadas como moedas de troca  para pagar dívidas contraídas  por  seus companheiros  dentro ou fora das prisões. Isso é um escárnio. Essas visitas íntimas têm que acabar. Visitas íntimas só existem em países atrasados”, disse.

Lucena afirmou que o governo Rollemberg inaugurou um conceito que faz a inversão de valores quando o assunto envolve criminosos.

Em abril deste ano ele foi exonerado por whatsapp da diretoria de Comunicação da PCDF pelo governador,  por ter emitido a opinião de que a maior parte dos crimes de estupros a vulneráveis ocorre dentro de casa.

Foi quando alertei as mulheres que tomassem muito cuidado e refletissem melhor ao levar um desconhecido para dentro de casa onde estão seu filhos e filhas. A minha declaração foi vista por Rollemberg como algo depreciativo.

O delegado ressalta que inúmeros estudos revelam que 75% de abusos contra crianças ocorrem dentro de casa  decorrente  da desestruturação familiar ou dos rodízios de parceiros eventuais. Ele disse ter acompanhado um   caso de espancamento em que a vítima vivia há dois anos com o sujeito e só conhecia o agressor pelo apelido.

“Muita gente me pergunta porque sou candidato em um momento em que a política está completamente desgastada e que os políticos são chamados de ladrões. Respondo que se as pessoas que se consideram boas, decentes e honestas não entrarem na política, os bons irão continuar sendo representados pelos maus. É preciso mergulhar na lama e transformar o DF naquilo que precisa ser transformado”, disse Lucena.

Fonte: Radar-DF

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