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18 abr 2024 21:37


Situação da Saúde em Ceilândia não melhora

SindMédico-DF encaminhou relatório de problemas às autoridades e CRM propõe TAC para funcionamento da UPA

Depois de uma notificação de interdição ética, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) propôs um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) impedindo o encaminhamento de pacientes críticos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia.

A precária condição de funcionamento daquela unidade de saúde também foi relatada pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) em dossiê enviado à Secretaria de Estado de Saúde, aos órgãos de fiscalização e controle e às entidades da sociedade após uma série de visitas realizadas em maio. O documento contém o resultado das averiguações realizadas na UPA, no Hospital Regional e nos Centros de Saúde 2, 4, 6, 7, 8, 9, 10 e 12.

A atividade fez parte do programa de atividades itinerantes anual do SindMédico-DF, desta vez com foco específico na cidade de onde as queixas e denúncias de médicos e demais profissionais se referem tanto ao hospital quanto à UPA e centros de saúde.

Déficit de pessoal, superlotação e desorganização

No hospital de Ceilândia, os problemas vão desde o déficit de médicos, o que faz com que alguns pacientes aguardem até três dias para receber uma prescrição, até a falta de lençóis para as macas. Na UPA, a superlotação e a falta de estrutura física são gritantes. Não há pontos de oxigênio suficientes para os pacientes mais graves, da Sala Vermelha. Já nos Centros de Saúde, o aumento da demanda e a ausência de informações acerca do programa Converte APS comprometem a assistência.

“Em geral, as queixas vêm de uma ou outra área. Nos últimos meses, em Ceilândia as reclamações partem de todos os lados. Isso é preocupante, na medida em que revela a desorganização em todos os níveis da assistência à saúde da população”, afirma o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

O documento foi encaminhado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-DF), ao Ministério Público (Prosus e Pró-vida), ao Ministério Público de Contas, à Defensoria Pública, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), à Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Brasília, ao Comitê Executivo Distrital da Saúde, à Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa do DF e ao Conselho Regional de Medicina.

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