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19 abr 2024 09:23


Exclusivo: GDF tentou pedalada fiscal para pagar funcionalismo público, em novembro, mas falhou

Sem sucesso, pagamento de incorporações de gratificações de funcionalismo público permanece sem garantia

Por Kleber Karpov

Enquanto o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se reunia com os blogueiros do DF, na manhã de terça-feira (20/Set),  de acordo com fonte de Política Distrital, uma assessora da Casa Civil, por nome de Keila, supostamente, a Assessora Jurídico-Legislativa, Keila Terezinha Englhardo Nery, se reuniu com o alto escalão de todas as empresas estatais do DF para tentar captar recursos para pagamento dos servidores do GDF, porém, sem êxito.

De acordo com a fonte de Política Distrital, um gestor público, que não quer ser identificado. O objetivo da reunião teve por finalidade, captar recursos junto a todas as estatais para garantir o pagamento das incorporações das gratificações de cerca de 150 mil servidores públicos da saúde, Educação e administração direta do GDF.

Para o gestor, o cômico nessa história é que, não ter conseguido o recurso, evitou que o GDF incorresse em mais uma prática de pedalada fiscal.

“Qualquer forma de ampliar a capacidade de execução de pagamentos das despesas do governo, artificialmente, configura uma pedalada fiscal. Portanto se o GDF tivesse conseguido recurso junto as empresas estatais, ele cometeria uma pedalada fiscal.”, concluiu.

Quase reincidência

O caso foi apontado, caso houvesse êxito, por reincidência na gestão de Rollemberg. Isso porque, de acordo com o gestor público, o não pagamento das dívidas herdadas do ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), foi um ato de pedalada por parte do atual governo.

“Essa não seria a primeira vez que a gestão do governador Rollemberg, cometeria pedalada fiscal, pois em 2014, tivemos exatamente esse cenário. O governo, artificialmente, criou condições para pagar as contas de 2015, e o resultado todos conhecem.”, afirmou.

Sem previsão de pagamento

Politica Distrital entrou em contato com a Casa Civil para saber sobre o êxito da reunião e se após o encontro o GDF pode confirmar as incorporações das gratificações dos servidores públicos do DF, no pagamento de outubro, a ser depositado até o quinto dia útil de novembro. Mas, a Assessoria de Comunicação (ASCOM) encontrou em contato por telefone para confirmar que não houve mudanças em relação as definições e encaminhou a ‘resposta padrão’ sobre o assunto, por e-mail.

“A Casa Civil informa que o reajuste está previsto para 32 categorias, o que significa um número de aproximadamente 153 mil servidores, incluindo os inativos. O governo de Brasília trabalha para manter o acordo que prevê os reajustes a partir de outubro deste ano, ou seja, com pagamento no mês de novembro. O impacto dos reajustes é de aproximadamente R$ 100 milhões por mês.”.

Greves à vista

Vale observar que na outra ponta, os servidores públicos se sentem enganados pelo Governo, Isso porque ao confirmar o calote, em 2015, e anunciar o pagamento para outubro desse ano, trabalhadores e entidades sindicais tinham por certo que seriam relativos a setembro, a ser pago até o quinto dia útil de outubro, o que não ocorreu.

Com isso, as entidades sindicais, devem realizar ao longo dos próximos dias assembleias para tratar das incorporações de gratificações e deflagrações de greves não estão descartadas.

Politica Distrital conversou com a presidente do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Rosilene Correa Lima que confirmou realização de assembleia da categoria para a manhã de quinta-feira (22/Set). “A assembleia é soberana e pode deflagrar a greve.”. O SindSaúde tem assembleia agendada também na mesma data.

Na Saúde, o maior sindicato da categoria, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), segue o mesmo caminho. Em apuração recente, o vice-presidente do SINDATE-DF, Jorge Vianna, foi enfático.

“Nós  já iniciamos as mobilizações em relação à greve. Já agendamos a nossa assembleia para o dia 26 e, dependendo da deliberação da categoria, podemos ser o primeiro sindicato a entrar em greve, novamente, caso até o dia sete de outubro ao sair o pagamento, se a nossa gratificação não tenha sido incorporada.”.

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