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25 abr 2024 14:56


Aumento de carga horária cria nova tensão entre GDF e servidores da Saúde

Uma circular da secretaria de Saúde informando o cancelamento da implementação da jornada de 20 horas semanais para os técnicos e auxiliares de saúde provocou revolta entre servidores.

A Secretaria de Saúde divulgou, no início da noite desta sexta-feira (6), a circular 06/2015 informando o cancelamento da implementação da jornada de 20 horas semanais para os técnicos e auxiliares de saúde. A circular vai de encontro a lei 1587, aprovada e sancionada em 2013 e que passou a vigorar no dia 1º de setembro de 2015.

Além de voltar a jornada de 24 horas semanais, os servidores terão, segundo a circular assinada pela subsecretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Flávia Cáritas Mendonça do Nascimento, de repor as horas que não foram trabalhadas no período (de setembro até agora).

Sindate

O presidente do Sindate-DF (Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem), João Cardoso, afirmou que aguarda o repasse da circular para que, na segunda-feira (9), os advogados da categoria entre com ação na Justiça contra a determinação.

“Uma lei só pode ser revogada por outra, e não por uma circular ou verbalmente. Tendo a circular em mãos, vamos entrar com uma ação na Justiça, pois nós avisamos ao governador Rodrigo Rollemberg, quando ele nos deu a notícia, que isso só seria possível com uma outra lei”, afirmou João Cardoso.

Segundo o documento assinado pela subsecretária, os servidores que cumpriram o novo horário terão que repor as horas não trabalhadas até março de 2016. A medida também provocou a revolta do Sindate.

“Ninguém trabalhou 20 horas porque queria. Eles fizeram essa carga horária por que existe uma lei que obriga, então ninguém tem que pagar hora para o governo”, garante João Cardoso, que completa: “Temos que lembrar que é o governo quem está devendo para os servidores e não nós a ele”, diz o presidente sindical, se referindo aos reajustes que não foram dados aos servidores e que teriam validade, também, a partir de setembro.

Nota

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a redução da carga horária dos servidores não pode ser aplicada, neste momento, conforme determina a lei, uma vez que tal ação gera impactos financeiros e altera a significativamente a disponibilidade de horas de trabalho para o atendimento à população. E que a medida foi adotada levando em consideração o delicado momento de baixos recursos e a impossibilidade de contratação por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A secretaria continua afirmando que estuda alternativas para que os servidores sejam beneficiados com implantação, no menor tempo possível, da redução da carga horária, que será implantada tão logo seja possível.

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Fonte: Fato Online

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