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25 abr 2024 01:58


Celina Leão diz entender ‘indignação’ de sindicatos sobre reajuste em 2016

Categoria chama de ‘retrocesso’ plano de pagamento anunciado pelo GDF. Presidente da Câmara diz que projetos vão ser analisados nesta terça.

Por Isabella Calzolari

A presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou ao G1 nesta terça-feira (27) que entende a indignação dos sindicatos que representam várias categorias do funcionalismo público na capital federal sobre o anúncio feito pelo governador Rodrigo Rollemberg na última sexta-feira (23) de que só retomará o pagamento dos reajustes aos servidores em outubro do ano que vem.

“A gente entende toda a indignação do servidor público, porque gerou uma expectativa. Para maio eles não aceitaram, então, quando veio de outubro, foi um balde de água fria realmente”, declarou Celina.

“Eu acho que o formato da negociação poderia ter sido melhor, mas a gente respeita cada poder, faz conforme acredita que deve fazer, mas acho que os sindicatos têm razão. A gente tinha marcado para sexta às 11h, e ele [Rollemberg] anunciou às 8h sem trazer a presença dos próprios sindicalistas, então traz um certo desprestígio mesmo, acho que poderia ter sido melhor.”

O pagamento depende da aprovação de um conjunto de projetos já encaminhados ou que ainda serão enviados à Câmara Legislativa. Grande parte dos projetos enviados à Casa são de venda de imóveis em que o recurso entra de uma vez. Entretanto, Rollemberg disse que o pacote será importante para o orçamento do ano que vem, mas que não garante o pagamento dos anos seguintes.

Celina disse que as discussões do pacote enviado pelo Executivo devem ser iniciadas nesta terça. “A gente tem tentado dar todas as demonstrações da nossa sensibilidade sobre o problema das greves, e o que não gerar aumento de impostos no bolso do contribuinte a gente tem toda a disponibilidade de votar”, disse. “A gente acredita que hoje deve ser acordado o que vai ser votado.”

A parlamentar falou que a Casa está tentando votar alguns projetos e dar ideia de novas propostas para, “quem sabe, conseguir antecipar o cronograma dado pelo governo”.

“Esse é o papel da Câmara Legislativa, ser mediador dentro das perspectivas dos sindicatos e realmente tentar ajudar para tirar uma saída dessa crise”, afirmou. “O governo tem que ser responsável, não pode fazer um cronograma que não vai dar conta de cumprir. O que a gente escutou por parte do governo é que ele não conseguiu realmente criar um colchão orçamentário para pagar o reajuste a partir de maio.”

Para a gestora, uma das propostas mais polêmicas do Executivo é a que fala sobre tributação sobre produtos de luxo e a reajusta o ICMS dos atacadistas. Celina disse ainda que tem feito um alerta para que a venda de imóveis para pagar folha seja uma exceção. “Precisamos aumentar a arrecadação, aumentar o investimento, para que a gente tenha condição orçamentária de quitar a folha sem vender patrimônio da cidade”, disse.

“Eu acho que a gente tem disponibilidade sim de aprovar [a venda dos imóveis], mas tem que deixar claro que isso não pode ser uma coisa recorrente. Se a gente não faz isso com muita responsabilidade, fica parecendo que é algo natural. Não pode ser natural vender imóveis para pagar a folha.”

Fonte: G1 DF

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