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25 abr 2024 17:00


Tratores de Agefis comprovam: Rollemberg é o maior adversário de Rollemberg

Durante a sessão ordinária, na tarde de terça-feira (11/Ago), o clima na Câmara Legislativa do DF (CLDF) foi de manifestação por parte de vítimas e moradores que tiveram casas demolidas na Chácara 200, em  Vicente Pires. No plenário, deputados da oposição e da base do governo não pouparam críticas ao governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), à presidente da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), Bruna Pinheiro, além de pedirem o fim da Agência.

A ação de Bruna Pinheiro foi duramente criticada pela postura truculenta por parte da Agefis e do aparato policial convocado para desocupar os imóveis e demolir várias casas da Chácara 200. Dentre as críticas está a omissão da Agência de cumprir o papel fiscalizador e impedir que construções fossem erguidas naquele local.

Mas a conivência por parte do governo também não poupou Rollemberg das críticas. Isso porque algumas das casas existentes no local foram erguidas este ano. Os distritais criticaram a postura de o Estado em vez de notificar e promover a saída das áreas públicas ocupadas, fornecer serviços a exemplo  do fornecimento de energia elétrica. Mais grave que isso, a cobrança de Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU) também foi citado por ser uma forma de conivência com as ocupações.

Os distritais deixaram claro que não são favoráveis às ocupações mas não aceitam ações de desocupações ‘desastrosas’ da Agefis, a exemplo do que ocorreu em Vicente Pires ou ainda no condomínio Sol Nascente em Ceilândia.

Popularidade em Baixa

As ‘tratoradas’ de Bruna Pinheiro, que recebeu o apelido de Bruta PitBul, por parte dos moradores de Vicente Pires, comprometem ainda mais a baixa popularidade de Rollemberg. De acordo com um advogado que não quer ser identificado: “O artigo quinto, inciso décimo primeiro da Constituição Federal é claro ao mencionar que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém podendo penetrar sem consentimento do morador salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial. E isso não foi o que ocorreu por parte da Agefis.”, afirmou ao questionar a popularidade do governador: “Rollemberg foi eleito por representar o novo, a esperança da população do DF, mas o que temos visto é um governador alheio aos anseios daqueles que o elegeram. Não por outro motivo que a popularidade de Rollemberg apenas cai.”, concluiu.

Se somado os desgastes de Rollemberg em relação ao arrocho para com o funcionalismo público e à população do DF à falta de habilidade política;  de criatividade da equipe de governo para superar a crise financeira; e a barreira da relação com o Legislativo. Enquanto os tratores de Bruna Pinheiro derrubam casas de invasores de forma truculenta, a população se sensibiliza e Rollemberg pode estar escavando o túmulo para enterrar a carreira política enquanto gestor.

Em um recado claro ao Executivo em relação à inércia de Rollemberg com a tão esperada reforma política e a ações autoritárias a exemplo do que ocorreu em Vicente Pires, os deputados não fizeram quórum para votar o crédito suplementar de R$ 52,8 milhões para a secretaria de Mobilidade Urbana.

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