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25 abr 2024 19:08


Operação Lava-Jato: Que venha a oitava fase da investigação

Ponto Zero do festival de corrupção que assola o país pode estar perto de ser revelado. 

O Juiz Sério Moro já acatou acusações do Ministério Público Federal (MPF) contra 39 envolvidos no escândalo do Petrolão, investigados pela Polícia Federal (PF) na operação Lava-Jato. Entre os que estão na lista de réus estão o doleiro, Alberto Youssef, ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos principais operadores do esquema de corrupção na estatal, além de empresários de grandes empreiteiras da construção civil.
A investigação da PF que dura há pouco mais de um mês tem se mostrado rápida, eficiente e independente até o momento. A severidade com que o caso Petrolão tem sido tratado nas instâncias Policiais e Jurídicas surte várias reações.
Empresários que praticam ou são coagidos a participarem de práticas corruptas, começam a ficar de cabelo em pé. Pois uma vez que megaempresários começam a serem presos e responder criminalmente por se deixarem corromper, acende um sinal de alerta em relação a participação em novas práticas ilícitas.
A população que tem na PF um altíssimo índice de aprovação e de confiabilidade sente-se menos injustiçada quando percebe que há resposta por parte das polícias em estancar com o crime organizado em meio à coisa pública.
E os políticos também reagem a esse tipo de evento. Os honestos por começarem a perceber que existe uma luz no fim do túnel. Isso os deixa a vontade e sedentos por denunciar a corrupção nos anais da sociedade brasileira, que muitas vezes têm origens dentro de gabinetes, praticadas por outros colegas que deveriam defender os interesses da sociedade brasileira. E os corruptos e corruptores por perceberem que a qualquer momento seus plenários podem ser reduzidos a plateias durante os banhos de sol nos presídios brasileiros.
Nesse contexto há duas partes do povo brasileiro. Uma recebe o escândalo do petrolão como algo natural, pois em tese, algumas dezenas de bilhões roubados não mexem nos bolsos ou interferem no dia-a-dia dessas pessoas.
No entanto a aposta em quem alcançará primeiro o valor de R$ 5, se o valor do dólar, o litro do combustível ou o valor da ação da Petrobrás. Seja ela qual for à resposta, ela está implicitamente ligada à vida de cada um e há os grandes responsáveis pela Petrobrás que já esteve entre as 20 maiores empresas do mundo. E os nomes dos responsáveis estão intimamente ligados ao mais alto escalão da política brasileira. São os políticos muitos com  assento na Câmara Federal, no Senado, em Ministérios e até no Planalto. Que venha a oitava etapa.
Veja os nomes dos 39 indiciados da sétima fase da Operação Lava-Jato:
– Alberto Youssef, suspeito de liderar o esquema de corrupção
– Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
– Waldomiro de Oliveira, dono da MO Consultoria
– Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras;
– Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal
– Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras
– Adarico Negromonte, apontado como emissário de Youssef
– Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa
– Eduardo Hermelino, vice-presidente da Camargo Corrêa
– Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de atuar com Youssef na lavagem de dinheiro
– João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa
– Marcio Andrade Bonilho, sócio e administrador da empresa Sanko-Sider
– Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC
– Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, pertencente a Alberto Youssef e réu em outros processos ligados a Lava Jato;
– Enivaldo Quadrado, ex-dono da corretora Bônus Banval, que atuava na área financeira da GFD e réu em outros processos ligados a Lava Jato;
– João Procópio de Almeida Prado, apontado como operador das contas de Youssef no exterior;
– Sergio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior;
– Rogério Cunha de Oliveira, diretor da área de óleo e gás da Mendes Júnior;
– Ângelo Alves Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior;
– Alberto Elísio Vilaça Gomes, executivo da Mendes Júnior;
– José Humberto Cruvinel Resende, funcionário da Mendes Júnior;
– Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado que teria recebido propina de Alberto Youssef;
– Mario Lúcio de Oliveira, diretor de uma agência de viagens que atuava na empresa GFD, segundo delação de Alberto Youssef;
– João de Teive e Argollo, diretor de Novos Negócios na UTC;
– Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC.
– Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix
– Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix
– Newton Prado Júnior, diretor da Engevix
– Luiz Roberto Pereira, ex-diretor da Engevix
– João Alberto Lazzari, representante da OAS
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS
– Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS
– José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS
– José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de Youssef com a OAS
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS.
– Dário de Queiroz Galvão Filho, executivo da Galvão Engenharia
– Eduardo Queiroz Galvão, executivo da Galvão Engenharia
– Jean Alberto Luscher Castro, diretor presidente da Galvão Engenharia
– Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia.

 

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