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23 abr 2024 21:28


Rollemberg abre brechas para inimigos armarem arapuca?

Escolha “popular” de nomes para as regiões administrativas do DF pode colocar em xeque as indicações da comunidade e criar graves problemas para a gestão de Rollemberg.

No momento o grande calcanhar de Aquiles do governador eleito, senador Rodrigo Rollemberg (PSB) é a eleição direta de administradores das Regiões Administrativas (RAs) do Distrito Federal. Na Câmara Distrital do Distrito Federal (CLDF) o tema há alguns fazem ecoar vozes no plenário. As organizações civis também não ficam por fora da discussão. Mas o que chama a atenção é que seja no parlamento ou nas comunidades, os inimigos políticos de Rollemberg estão agindo a todo o vapor para garantirem um lugar ao sol.
A pouco mais de 30 dias de Rollemberg assumir o governo do DF, a briga é acirrada para garantir que Rollemberg cumpra a promessa de campanha de eleger os administradores das RAs. Na CLDF, alguns distritais, a exemplo de Alírio Neto (PEN), sob o argumento de querer ajudar Rollemberg a tornar viável as eleições de administradores tenta colocar projetos em tramitação para votação. Mas o discurso em pronunciamento no plenário vem encorpado em não se permitir que o governador eleito, que sequer assumiu o mandato, cometa ‘estelionato eleitoral’.
O deputado distrital, Chico Vigilante (PT), chegou a questionar Rollemberg, acusando-o de não tocar mais no tema após eleição. Vigilante questiona ainda a legitimidade da chamada ‘lista tríplice’, por não ser uma eleição direta. Nesse contexto a lista aponta três nomes escolhidos pela sociedade civil, como indicação para uma possível escolha do novo governador.
Vale observar que o atual governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), por exemplo, já utilizou de tal recurso para a escolha de diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Luiz Xavier, em fevereiro de 2012.
Mas até mesmo a lista tríplice parece estar em xeque. Notícia publicada pelo website Notibrás (23) denuncia articulação de um tanto suspeita. Três filiados de partidos de oposição à candidatura de Rollemberg, representantes de entidades sugerem os nomes como próximos administradores da RA de Samambaia. São eles: Francisco de Assis da Silva (PRP), Fabiano Fagundes Dias(PR) e Agenildo Neri (PPL).
Até aí é o jogo da democracia em pleno exercício. Se não fosse o caso de a indicação dos nomes ser encaminhada ao coordenador da transição do novo governo, o jornalista, Hélio Doyle, antes da realização do Fórum de Entidades de Samambaia, previsto para acontecer no próximo dia 26, com a finalidade do escolher os nomes para a lista tríplice. E com outro agravante, Francisco de Assis, um dos indicados previamente na lista é presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do DF (FACIDF), entidade que organiza o evento. Para que serve mesmo a vontade popular?
Outro caso também foi repercutido pelo Blog do Professor Chico (19). O candidato a deputado distrital, derrotado, João Hermeto de Oliveira Neto (PMDB), que além de fazer oposição à Rollemberg, pleiteia a administração da RA de Núcleo Bandeirante, embora seja morador de Candangolândia. Como lembra o Professor Chico em seu blog,  ser residente da cidade é um dos principais critérios estabelecidos, seja por escolha ou para eleição dos administradores regionais.
Mas nem só de ‘tentativas de arrastão’ vive o homem. Na sociedade civil organizada, legitimamente pelo povo, uma coisa é consensual. Não querem que pessoas que não residam nas RAs sejam nomeadas para assumir a gestão das antigas cidades satélites.
Do ponto de vista democrático a escolha dos administradores pelo povo é salutar, principalmente, se a pessoa escolhida conhecer bem os problemas da população e tiver trânsito com o governo. Nesse contexto o administrador servirá de elo entre o povo e o governador.
Sob a ótica política, um dos pontos nevrálgicos é: Rollemberg terá que definir a fórmula mágica de fazer com que a função do administrador de uma RA, não fuja aos preceitos de um cargo de confiança. Afinal estar cercado de pessoas não confiáveis à frente da gestão das RAs é armar o circo para que os inimigos recebam, para garantir a ingovernabilidade do DF. Além de dar manutenção aos cabides de empregos dentro do GDF.
O cenário que surge pode dar ao governador eleito a prerrogativa de rever formas de escolha, ou até se deve acabar possibilidade de indicação dos novos administradores das RAs. Enquanto Rollemberg permanece em silêncio analisando o emaranhado que se forma, talvez, além de receber as indicações, esteja criando mecanismos para separar o joio do trigo. Caso contrário o calcanhar de Rollemberg permanecerá na mira de muitos ‘amigos da onça’.

 

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